AERONAVES |
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Com o inicio dos voos regulares, a VARIG percebeu que para manter a regularidade precisaria de outras aeronaves, uma vez que nessa época as aeronaves apresentavam panes com alta frequência e era necessário deixá-las fora de operação por um tempo para realizar os consertos. Em julho de 1927 a VARIG chegou a arrendar um Junkers G-24 da Condor Syndikat para poder manter as operações enquanto o Atlântico estava em manutenção.
No dia 16 de agosto de 1927 no porto da cidade do Rio Grande, Rio Grande do Sul, desembarcou o segundo Hidroavião da VARIG, batizado com o nome "Gaúcho" em homenagem ao povo do Rio Grande do Sul. Vindo da Alemanha, parcialmente desmontado, à bordo do transatlântico Rio de Janeiro. O P-BAAA voou para o litoral norte: Cidreira, Tramandaí e Torres, além da Linha da Lagoa, que ligava as cidades de Porto Alegre, Rio Grande e Pelotas. Apesar de muito mais rápido do que uma viagem de trem, muitos passageiros desistiam na última hora de se aventurar em voar naquelas máquinas voadoras. Os que não desistiam tinham seus nomes publicados no jornal e contavam entusiasmados os detalhes do voo sobre a Lagoa dos Patos, flutuando contra o vendo, rente às ondas, aproveitando o colchão de ar que se formava, sem turbulência.
Para os pousos noturnos, o pessoal da VARIG criou um artifício que consistia em solta um peso de chumbo preso numa corda, cerca de 10 metros abaixo da aeronave. Quando o chumbo tocava a água, um luz acendia no painel e o piloto então sabia que estava na hora de puxar o manche para pousar. Mesmo assim ainda era preciso ter cuidado para não haver nenhum tronco ou canoa de pescado pela frente. Isso porque na época não havia campos de pouso. Juntamente com o Atlântico, em 1930, foi transferido para o Syndicato Condor Ltda. e em 1933, desmontado e suas peças vendidas como sucata. O Gaúcho era um hidroavião modelo Dornier Merkur, monoplano, semimetálico e possuía uma hélice tipo "Heine".
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