Em outubro de 2000 a VARIG criou a Varig Log, que já nasceu como a maior companhia aérea cargueira da América Latina, com uma frota de onze aeronaves puramente cargueiras. Em 2001 a VEM (Varig Engenharia e Manutenção) se tornou uma empresa separada da VARIG e foi classificada entre os dez melhores centros de manutenção do mundo.
O final do ano de 2001 representou um grande marco na história da VARIG com a chegada do primeiro Boeing 777-200ER e Boeing 737-800 equipado com winglet. As duas aeronaves representavam o futuro da companhia, o Boeing 777 seria a nova estrela dos voos internacionais, substituindo os MD-11, enquanto o Boeing 737-800 substituiria a maior parte dos Boeing 737 da geração anterior. O primeiro Boeing 777 foi batizado de "Otto Meyer" e iniciou serviço na rota Rio de Janeiro - São Paulo - Londres - Copenhague. O segundo B777 foi batizado de "Ruben Berta" e iniciou voos na rota Rio de Janeiro - São Paulo - Paris - Amsterdã. Entretanto o ano de 2001 também foi marcado por uma profunda crise no setor aéreo, que afetou todas as empresas ao redor do mundo. No Brasil, as duas maiores companhias aéreas, VARIG e Tam, iniciaram um acordo de code-share no mercado doméstico em 2003, encerrado no mesmo ano.
Nos anos de 2003 e 2004 a VARIG passou por uma reestruturação, que culminou na fusão com as suas subsidiárias regionais Rio Sul e Nordeste. Após a fusão, a frota da VARIG alcançou mais de 120 aeronaves e incorporou mais Boeing 737 e Embraer ERJ-145. Também em 2004, a VARIG recebeu mais Boeing 777 e começou a operar com o Boeing 757-200. Os B757 logo agradaram os passageiros, sendo a aeronave mais confortável no mercado doméstico na época.
Com relação a malha, a VARIG se tornou a primeira companhia da América Latina a operar para a China. Juntamente com a Air China, a VARIG começou a vender bilhetes na rota São Paulo - Munique - Pequim.
Apesar dos esforços, a VARIG precisou entrar com um pedido de recuperação judicial em 2005. Para se capitalizar, a empresa vendeu a VEM para a Tap e a Varig Log para a Volo Brasil. Porém isso apenas deu fôlego para a empresa sobreviver por mais alguns meses. Em 2006 a situação chegou no limite, a empresa não tinha mais dinheiro. Em mais uma prova de que a VARIG era uma empresa única, mesmo sem receber salário, os seus funcionários iam trabalhar por amor a empresa e levavam de suas próprias casas itens como café em pó para poder servir os passageiros. Enquanto isso a frota diminuía a cada dia, aeronaves paravam de operar porque a empresa não tinha dinheiro para fazer a manutenção ou por serem arrestados judicialmente por falta de pagamento de leasing. Como consequência a malha aérea era ajustada a uma frota cada vez menor e a companhia começou a deixar de voar para vários destinos como Nagoya, Tokyo, Cancún, Lisboa, Milão, Madrid, Munique, Paris, Los Angeles, Nova York, México, Montevidéu, Assunção e Bogotá. Até o inicio de julho de 2006 a VARIG estava reduzida a uma frota de dez aeronaves e sete destinos.
Em julho de 2006 a VARIG foi dividia em duas empresa e leiloada. A “nova Varig” foi vendida para a Volo Brasil e continuou a operar com a licença da VARIG até obter a sua própria licença para operar, enquanto a "antiga VARIG" ficou com as dívidas. Em abril de 2007 a "nova VARIG" foi comprada pela Gol e iniciou uma rápida expansão na frota e na malha. Porém o plano não saiu como esperado e a Gol acabou desistindo de investir na marca VARIG. As aeronaves com as cores da VARIG foram lentamente sumindo dos céus do Brasil até desaparecer completamente em agosto de 2014. Já a "antiga VARIG" tentou seu último plano de se reerguer e lançou uma companhia aérea charter com o nome "Flex" em março de 2007. Porém em pouco tempo a empresa encerrou atividades novamente. No dia 20 de agosto de 2010 foi decretada a falência da S.A. Viação Aérea Rio Grandense - VARIG.
COMO ERA VOAR NOS ANOS 2000? O que já vinha influenciando o Brasil desde os anos 90, chegou com tudo em 2000 com a criação da Gol Linhas Aéreas. Eram as companhias "low cost, low fare" (baixo custo, baixa tarifa) que estavam se espalhando por todo o mundo e crescendo exponencialmente, mudando para sempre o mercado de aviação mundial. Aqui no Brasil, o efeito da chegada da Gol fez com que as companhias tradicionais se adaptassem para poder concorrer nessa nova realidade, onde o preço das passagens caíram pela metade. As aeronaves passaram a ter mais assentos e menos espaço e as refeições ficaram mais modestas.
Na Classe Econômica a VARIG continuava oferecendo aos seus passageiros mais espaço em comparação com as outras companhias do mercado. As refeições eram outro diferencial. O passageiro podia pedir refeições especiais como vegetarianas, sem glúten, sem lactose, para crianças, para bebês, entre outras, além da refeição tradicional, geralmente servida quente e acompanhada de salada, frutas, chocolate Kopenhagen e bebidas diversas. Em voos curtos, eram oferecidos sanduíches frios.
Nos anos 2000 a Classe Executiva em voos domésticos foi extinta, sendo oferecida apenas em voos internacionais. Nessa classe, o passageiro desfrutava de maior espaço e maior reclinação nas poltronas. Além disso, o serviço de bordo oferecia duas opções de entradas, quatro opções de pratos quentes e uma sobremesa, além de pratos com frutas ou queijos. As bebidas seguiam o conceito da VARIG First e o programa Wines of The World. O entretenimento da VARIG Business contava com aparelhos de vídeo individual, com doze opções de programa sendo seis filmes, em até sete idiomas diferentes. Em voos com mais de seis horas de duração, eram distribuídas necessaires de altíssima qualidade com itens de conforto a base de extratos e óleos vegetais da Floresta Amazônica.
Na Primeira Classe, VARIG First, o passageiros recebiam atendimento personalizado. O serviço de bordo obedecia a filosofia "Restaurant Style", com um diversificado menu composto de três opções de entradas, além de sopa e quatro opções de pratos quentes, sendo uma com menor teor calórico e com ingredientes que minimizam o efeito do jet lag, além de sobremesa, doces, frutas e queijos. O entretenimento da VARIG First contava com vídeo individual, com dezessete opções de programas sendo seis filmes, em até sete idiomas diferentes. A VARIG First contava também com necessaires de altíssima qualidade com itens de conforto a base de extratos e óleos vegetais da Floresta Amazônica.
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Década de 2000 |
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Evolução da frota (Grupo Varig):
Mapa de rotas internacionais - Anos 2000
Publicação especial VARIG 75 ANOS (clique para abrir)
EM FOCO: A crise da Varig
Muitos acreditavam que era impossível a VARIG falir.
Afinal como uma companhia aérea que era motivo de
orgulho para o país, estava situada entre as maiores e
melhores do mundo, conhecida e respeitada globalmente
poderia ir à falência?
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Conheça
também as aeronaves operadas pela VARIG!