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O
transporte de carga aérea no Brasil teve inicio com a criação da
VARIG, em 1927. Além de passageiros, a primeira rota da VARIG,
também transportava carga. A rota era conhecida como “Linha da
Lagoa” e ligava as cidades de Porto Alegre, Pelotas e Rio Grande com
a aeronave aquática Dornier Wal. Com o transporte por avião, os
remédios, alimentos e peças para máquinas chegaram mais rápido ao
seu destino.
Os primeiros voos exclusivamente cargueiros começaram em 1944, entre
Porto Alegre e Pelotas com os Junkers F-13 e Electra L10. Ambas as
aeronaves podiam levar 880kg de carga. Logo após a Segunda Guerra
Mundial, a rota passou a ser feita com os DC-3.
O primeiro avião puramente cargueiro recebido pela VARIG foi um DC-3, no dia 27 de janeiro de 1948. Também nessa época, a VARIG começou a adquirir aeronaves conversíveis, ou seja, que podiam ser facilmente adaptadas para o transporte de carga ou passageiro. Também aeronaves “Combi”, que tinha uma parte exclusiva para passageiros e uma parte exclusiva para carga. As rotas cargueiras foram ampliadas para Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro e a VARIG criou seções de carga em Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis, São Paulo e Rio de Janeiro.
O mercado de carga brasileiro passou por uma revolução em 1960, quando a VARIG adquiriu os primeiros jatos Boeing 707. A partir daí, as cargas passaram a ser transportadas na metade do tempo, inclusive para outros países como os EUA. Em 1965 chegaram os primeiros Boeing 707-300C (conversíveis), que se mostraram muito versáteis para a empresa, uma vez que a aeronave poderia ser facilmente convertida para transportar mais carga ou mais passageiros, de acordo com a demanda.
Em 1969 entrou em operação o primeiro Boeing 707-300F (freighter) puramente cargueiro, ou seja, exclusivamente para o transporte de carga. Com os B707F, a VARIG lançou a pintura “Varig Cargo”, igual a pintura tradicional, mas com a palavra “cargo” escrito em vermelho ao lado do nome “Varig”.
Em 1975 a frota cargueira foi complementada pelo primeiro Boeing 727-100F. Assim os B727F passaram a fazer voos domésticos e para América do Sul, enquanto os B707F ficaram somente nos voos internacionais e voos domésticos de maior demanda.
ANOS 70
Frota:
4xBoeing 707-300F
2xBoeing 727-100F
TOTAL: 6
Com o inicio dos voos para Europa,
em 1965, a VARIG precisou aumentar a sua frota internacional e optou
pelo Boeing 707-320. Os dois primeiros B707-341C (PP-VJR e PP-VJS)
chegaram no Brasil em 28 de dezembro de 1966, enquanto o terceiro (PP-VJT)
chegou no dia 22 de março de 1967. Essas três aeronaves foram
encomendadas diretamente à Boeing pela VARIG, por isso o "41" no
final. Os Boeing 707-320 operados pela VARIG eram do tipo Combi
(reconhecido pela letra "C" no final), ou seja, conversíveis para
carga ou passageiros. Sendo assim, essas aeronaves permitiam a
flexibilidade de transportar mais passageiro ou mais carga,
dependendo da demanda.
A partir de 1969 a VARIG passou a operar
aeronaves Boeing 707 exclusivamente cargueiras,
conhecidas como Boeing 707-300F. Foi o primeiro
jato puramente cargueiro operado pela VARIG e o
único até 1975, com a introdução do Boeing 727.
Construtor | The Boeing Company, EUA |
Motor | quatro Pratt & Whitney JT3D-3 de 8165 Kg de empuxo, de 18000 libras de empuxo |
Envergadura da asa | 44,42 m |
Comprimento | 46,61 m |
Altura | 12,93 m |
Velocidade de cruzeiro | 880 Km/h |
Alcance de vôo | 10500 Km |
Altitude máxima de vôo | 12800 m |
Peso da aeronave vazia | 65013 Kg |
Peso máximo de decolagem | 150441 Kg |
Tripulação técnica | 05 (2 pilotos, 1 mec. vôo, 1 navegador e 1 rádio-telegrafista) |
Capacidade de carga | 40 toneladas |
Capacidade máxima de combustível | 90291 litros |
Consumo normal | 5900 litros/h |
Pista mínima para decolagem | 3060 m |
Pista mínima para pouso | 1900 m |
Para complementar os Boeing 707 e ampliar a malha, a VARIG começou a operar aeronaves Boeing 727-100F em 1975. O trijato Boeing 727 foi amplamente utilizado no mundo inteiro, sendo a aeronave mais vendida do mundo na sua época. Para a VARIG o B727 se mostrou ideal nas rotas cargueiras domésticas e para América do Sul.
B727-100F
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|
Construtor | Boeing |
Motor | JT8D-7/9 |
Envergadura | 32,90 metros |
Comprimento | 41,0 metros |
Altura | 10,30 metros |
Velocidade de cruzeiro | 865 km/hora |
Alcance de vôo | 10.679 Km - max. fuel |
Altitude máxima de vôo | 12.300 metros |
Peso da aeronave vazia | 40.300 kg |
Peso máximo de decolagem | 73.029,20 Kg |
Peso máximo de pouso | 64.637,60 Kg |
Capacidade máxima de combustível | 24.494,30 Kg |
Capacidade de carga | 16.000 Kg com 96 m³ / 8 pallets P1 |
Em 1985 foi inaugurado o TECA em São Paulo, o centro de distribuição de carga da VARIG, que podia inclusive armazenar cargas perecíveis, valiosas e perigosas. Em 1987 foi inaugurado o TECA do Rio de Janeiro.
Em 1986, mais um marco, a VARIG recebeu o primeiro DC-10-30F, o primeiro wide-body cargueiro do Brasil.
ANOS 80
Frota:
5xBoeing 707-300F
3xBoeing 727-100F
2xDouglas DC-10-30F
TOTAL: 10
Em julho de 1974 os primeiros DC10-30, prefixos PP-VMA e PP-VMB, encomendados em novembro de 1972, começaram a operar as linhas internacionais da VARIG de longo curso. Foram os primeiros jatos "wide-body"(fuselagem larga) do Brasil. Em 1986 começou a operar na VARIG Cargo o primeiro DC-10 totalmente cargueiro, conhecido como DC-10-30F. Os DC-10 representaram um novo patamar para o mercado cargueiro brasileiro, possibilitando o transporte de cargas ainda maiores e para lugares mais distantes sem escalas. O DC-10-30F foi definido como substituto do Boeing 707-300F e é capaz de transportar o dobro de carga.
Douglas DC10-30F
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|
Construtor | McDonnell Douglas Corporation |
Motor | CF6-50C2 |
Envergadura | 50.39 metros |
Comprimento | 55.54 metros |
Altura | 17.86 metros |
Velocidade de cruzeiro | 890 km/h |
Alcance de vôo | 9.735 Km |
Altitude máxima de vôo | 13.100 metros |
Peso da aeronave vazia | 109.000 Kg |
Peso máximo de decolagem | 263.280 Kg |
Peso máximo de pouso | 192.323 Kg |
Capacidade máxima de combustível | 111.000 litros |
Consumo normal | 10.500 litros/hora |
Capacidade de carga | 72.000Kg com 453 m³ |
Pallets | 5 pallets P1 / 5 pallets PLA / 23 Pallets P1/P6 |
Finalmente, em 1993, a Varig Cargo foi oficialmente criada como uma subsidiária cargueira da VARIG. A frota da Varig Cargo era composta de cinco Boeing 727-100F e dois Douglas DC-10-30F, além de utilizar os porões das aeronaves da VARIG. Assim como a VARIG, a Varig Cargo adotou uma nova identidade visual em 1997 e lançou o serviço de tracking online, inédito no Brasil.
ANOS 90
Frota:
5xBoeing 727-100F
2xDouglas DC-10-30F
TOTAL: 7
Destinos cargueiros nacionais: Porto Alegre, Curitiba, Campinas, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, São Luis, Belém, Manaus.
Destinos cargueiros internacionais: Montevidéu, Lima, México, Los Angeles, Miami, Nova York, Amsterdam, Frankfurt.
Em outubro de 2000, a Varig Cargo se transformou na Varig Log, uma empresa independente da VARIG. A Varig Log já nasceu como a maior companhia cargueira da América Latina, com uma frota de onze aeronaves, uma malha global e centros de distribuição em São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus, Porto Alegre, Miami, Nova York e Frankfurt.
Sempre pensando na qualidade de seus produtos, a Varig Log iniciou a substituição dos Boeing 727-100F e introduziu o MD-11F em 2005, sendo a primeira companhia da América Latina a operar esse modelo na versão exclusivamente cargueira.
ANOS 2000
Frota:
4xBoeing 727-100F
4xBoeing 727-200F
3xDouglas DC-10-30F
2xMD-11F
TOTAL: 13
Destinos cargueiros nacionais: Porto Alegre, Curitiba, Campinas, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Cuiabá, Porto Velho, Salvador, Recife, Fortaleza, São Luis, Belém, Rio Branco, Manaus.
Destinos cargueiros internacionais: Montevidéu, Buenos Aires, Santiago, Lima, Caracas, Bogotá, México, Los Angeles, Miami, Nova York, Amsterdam, Frankfurt.
No ano de 2000, entrou em operação o primeiro Boeing 727-200F. Trata-se de uma versão maior do Boeing 727-100F. Com o novo B727, a Varig Log pode aumentar a oferta doméstica e nos voos para América do Sul. O segundo B727-200F chegou no ano de 2001, o terceiro em 2002 e o quarto em 2003.
B727-200F
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Construtor | Boeing |
Motor | JT8D-17 / 17A |
Envergadura da asa | 32,90 metros |
Comprimento | 47,0 metros |
Altura | 10,30 metros |
Velocidade de cruzeiro | 865 Km/hora |
Alcance de vôo | 11.390 Km - max. fuel |
Altitude máxima de vôo | 12.300 metros |
Peso da aeronave vazia | 43.000 Kg |
Peso máximo de decolagem | 88.451,50 Kg |
Peso máximo de pouso | 73.029,20 Kg |
Capacidade máxima de combustível | 26.308 Kg |
Consumo normal | 1.600 litros/hora |
Capacidade de carga | 23.000 kg com 112 m³ / 12 pallets P1 |
Em 2005 a Varig Log se tornou a primeira companhia da América Latina a operar o MD-11F, versão cargueira do MD-11. Essa foi a maior aeronave operada pela empresa e foi escolhida para substituir os DC-10-30F nas rotas de longo curso.
Dados da Aeronave MD-11
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Construtor | McDonnell Douglas Corporation |
Motor | PW 4460 |
Envergadura da asa | 51.76 metros |
Comprimento | 58,53 metros |
Altura | 18 metros |
Velocidade de cruzeiro | 900 Km/hora |
Alcance de vôo | 11.600 Km |
Altitude máxima de vôo | 13.100 metros |
Peso da aeronave vazia | 115.000 Kg |
Peso máximo de decolagem | 280.320 Kg |
Peso Máximo de pouso | 213.870 Kg |
Capacidade máxima de combustível | 145.124 litros |
Consumo normal | 9.630 litros/hora |
Capacidade de carga | 90.000 Kg com 598 m³ |
Pallets | 6 Pallets P6 / 7 Pallets PLA / 26 Pallets P1/P6 |