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ÍCARO BRASIL Nº 227, 228, 229, 230, 231 e 232 - Julho, Agosto, Setembro, Outubro, Novembro e Dezembro de 2003

Uma empresa e sua vocação

percepção do que seja a companhia aérea de bandeira do país. Penso que há muitas maneiras de ver uma companhia de história e prestígio tão grandes como a VARIG. Há uma VARIG histórica presente no coração e na saudade de todos os brasileiros pelos muitos e bons serviços prestados nesses anos todos. E há uma VARIG, ninguém desconhece, que enfrenta uma situação financeira difícil, hoje, felizmente, em via de superação. Um das notícias mais alentadoras nesse processo de reestruturação nos chega não de um passado distante, mas de um relatório sobre a performance recente da empresa. Nos últimos cinco anos, para ser mais exato, a VARIG transportou mais de 50 milhões de passageiros, voou 1,03 bilhão de quilômetros e 142 milhões de horas, chegando a uma receita bruta superior a US$ 10 bilhões. Uma performance invejável para um período em que a aviação do mundo inteiro foi afetada por uma séria crise. Diga-se que, mesmo em tempos difíceis, os brasileiros em momento algum deixaram de se sentir orgulhosos da eficiência, segurança e gentileza com que a VARIG cumpre sua vocação. Quero dizer que, enquanto revê seus desafios financeiros e discute novos caminhos que venham a fortalecer nossa aviação comercial, a empresa não só se mantém em plena atividade, como caminha solidamente para um equilíbrio de resultados operacionais. A VARIG continua uma vigorosa geradora de riquezas pela multiplicidade dos insumos de que necessita, da gasolina ao cafezinho, irrigando a economia. Continua uma fonte de ponderável entrada de divisas fortes em nossa balança comercial. Suas oficinas de manutenção, a VEM – VARIG Engenharia e Manutenção –, têm merecido certificações internacionais pela eficiência com que qualifica uma mão-de-obra brasileira altamente especializada, o que também redunda em economia de divisas. Por sua história, experiência e dedicação, a VARIG ainda tem muito a contribuir com uma nova aviação comercial no Brasil.

 

Integração, solidariedade e confiança

1906, às 16 horas, no campo de Bagatelle, em Paris, correu na “pista” e decolou com o seu 14 Bis, percorrendo 60 metros, a 3 metros de altura, diante de centenas de pessoas, que agitavam suas bengalas para o alto, com chapéus girando na ponta, para comemorar o grande feito. É sintomática a quantidade de fotografias registrando esse momento histórico do inventor brasileiro tornado herói, ao criar um aparelho que iria revolucionar o mundo. Santos-Dumont era figura de enorme projeção na França, conhecido por seu despreendimento, cujo legado para a humanidade foi o precioso invento, sem reservar para si quaisquer direitos autorais. As implicações desse feito, para o nosso país, podem ser medidas pela própria existência da VARIG, uma empresa privada criada no Rio Grande do Sul, em 1927 – apenas 21 anos após o primeiro vôo –, quando iniciativas semelhantes eram muito raras no mundo. A correlação entre o feito do inventor patrício e a existência da companhia aérea pioneira não é direta, mas faz parte de uma mentalidade aeronáutica que surgiu com muita naturalidade no país, e que fez da FAB, e seu lendário Correio Aéreo Nacional, um enorme fator de integração e solidariedade em todo o nosso território, assim como inspirou o surgimento de uma indústria aeronáutica brasileira de nível internacional. Os feitos de Santos-Dumont não podem ser esquecidos, cabendo a nós brasileiros pensar bem grande a festa do centenário do primeiro vôo de um aparelho mais pesado que o ar, em 2006. Também as conquistas da VARIG ao longo de seus 76 anos de existência fazem parte da vida de todo brasileiro, que continua fiel à companhia, prestigiando a nossa marca, numa extraordinária demonstração de confiança, que a empresa se orgulha de merecer, agora que o Brasil se empenha para ter marcas brasileiras com prestígio no exterior. E no momento em que estão sendo traçados novos rumos para o fortalecimento da aviação comercial brasileira, a VARIG segue desempenhando um grande papel, no desenvolvimento econômico do país.

 

Um novo cenário nacional

A sociedade tem acompanhado, de perto e atentamente, o cenário de grandes e importantes transformações que atravessa o nosso país, acreditando na responsabilidade que cada um de nós possui neste processo. Um governo de oposição foi democraticamente eleito e cursa seu primeiro ano de mandato. Foi sem dúvida alguma a consolidação da nossa democracia. As propostas de campanha foram arrojadas e orientadas no sentido de recolocar o país no rumo do crescimento e do desenvolvimento,

 

Pelo melhor do Brasil

Desde que começou a voar para o exterior, há mais de 50 anos, a VARIG sempre demonstrou o seu orgulho de não ser apenas mais uma empresa de transporte aéreo, mas um consulado informal do Brasil com marcante presença na divulgação do nosso país no exterior. De muitas maneiras, sempre fizemos questão de mostrar a beleza das nossas paisagens, a alegre diversidade da nossa cultura e a simpatia da nossa gente, sempre pronta a receber um visitante. É um contínuo trabalho da nossa empresa, uma tradição que se renova a cada vôo com a certeza de que estamos contribuindo para o desenvolvimento e a consolidação do turismo e da própria aviação comercial brasileira. A VARIG oferece hoje vôos diretos para 25 cidades em 19 países, mas se contarmos com as nossas parceiras na Star Alliance podemos dizer que um pedaço desta empresa está em muitas partes do mundo. Gostaríamos de poder voar mais longe, em horizontes ainda mais claros. Para isso estamos trabalhando intensamente na busca de soluções para os problemas que hoje nos afetam. Sem dúvida, muito devemos a cada um dos nossos clientes, por acreditar nesta empresa e no empenho que cada funcionário dedica para corresponder à expectativa de uma viagem tranqüila. Por isso estamos aqui, com nossa revista de bordo Ícaro Brasil, homenageando as empresas, muitas delas nossas parceiras, e pessoas que colocam o seu talento na criação de coisas boas para o país. É a sexta vez que nossos passageiros e amigos são brindados com uma edição especial consagrada com este belo nome O Bom do Brasil, na qual é apresentada a diversidade de aspectos positivos que o país tem: empresas ousadas, agricultura exuberante, regiões especialmente produtivas, frutas nativas e gente que se destaca em música, literatura, dança, televisão e artesanato. E, como todas estas pessoas e instituições homenageadas por sua competência, temos também um compromisso: fazer sempre da nossa VARIG O Bom do Brasil.

 

Novos horizontes

Em meio a tempos difíceis enfrentados pela aviação nacional e mundial, é animador entrever, no caso da VARIG, boas notícias no horizonte. Pelo sexto ano consecutivo, 1.800 profissionais da indústria de viagens espalhados por mais de 200 países elegeram a VARIG como melhor companhia aérea da América Latina, conquistando mais uma vez o prestigioso World Travel Awards. A entrega do prêmio reuniu 1.500 pessoas no Plaza Hotel, da cidade de Nova York. O que mais nos honra nessa escolha é sentir que 76 anos de tradição em segurança e bom atendimento continuam sendo reconhecidos de uma forma extremamente animadora. Além de conquistar esse prêmio para a América do Sul, onde continua líder, a VARIG ficou entre as finalistas de melhor linha aérea do mundo. A empresa hoje oferece vôos para as Américas, a Europa e a Ásia. No Brasil, voa para 50 cidades, numa rede integrada que cobre todo o território nacional. Em relação ao restante do mundo, um outro fator de fortalecimento da VARIG é o fato de integrar a Star Alliance, que acaba de ser eleita em Londres pela Business Traveller Magazine a melhor aliança mundial de empresas aéreas e que opera em 700 aeroportos de 128 países, com sistemas de reserva e milhagens compartilhados. No dia 26 de outubro, em Varsóvia, foi comemorada a inclusão na Star Alliance da companhia aérea polonesa, LOT Polish Airlines, aumentando a malha de vôos especialmente para a Europa Central e Leste Europeu. Enquanto isso, no Brasil, em que pesem o aumento dos combustíveis (69%) e a variação cambial para o arrendamento de aviões (17%), esforços para redução de despesas e adequação de oferta por meio do compartilhamento de vôos com a TAM apontam para um terceiro semestre marcado pelo crescimento ainda mais sólido da nossa receita operacional. Em setembro, a taxa de eficiência operacional da VARIG atingiu 94 pontos e, segundo dados do Departamento de Aviação Civil (DAC), revelou-se a mais alta entre as principais companhias aéreas do país. Tudo indica que algo muito precioso para nós, a confiança e a simpatia dos passageiros, tem se mantido inalterado mesmo nos momentos mais desafiantes da empresa. É o que nos encoraja a enfrentar os últimos passos em busca de altitudes mais serenas.

 

Passado e futuro

O clima de harmonia e de fraternidade que nos inspiram as festividades de fim de ano, sugere, também, a dedicação de alguns momentos para reflexão sobre o passado e para a prospecção de desejos futuros. Do passado, certamente, reviveremos boas lembranças. Outras, possivelmente nem tanto, porém, insuficientes para subjugar o ânimo de continuar a busca da felicidade e da paz, ícones maiores das aspirações humanas. A VARIG, personalizando a equipe de mais de 14.000 profissionais dedicados à plena satisfação e ao total conforto de seus passageiros, entende que se aproximou do objetivo, mas ainda vislumbra generosos espaços para aprimorar a qualidade dos serviços. É do exercício da convivência com nossos fiéis clientes que extraímos os ensinamentos para atender às suas legítimas aspirações e recolher as indicações fundamentais ao ajuste de procedimentos capazes de tornar as viagens mais agradáveis e prazerosas. Ao longo dos seus 76 anos de existência, a VARIG assistiu às grandes transformações ocorridas no mundo, acompanhou a evolução tecnológica e aderiu à modernidade, sempre focada no bem-estar de seu ativo mais representativo: o passageiro que, como o prezado leitor, nos honra ocupando um dos assentos desta aeronave. Do passado, temos a reverenciar o pioneirismo, a tradição e o reconhecimento de nosso esforço para vencer barreiras e superar obstáculos. Para o futuro, desejamos continuar merecendo sua companhia a bordo de nossos aviões. Hoje, o Comitê Executivo da VARIG agradece a confiança e a fidelidade de todos os clientes que nos acompanham na longa jornada de quase oito décadas. Assegurando que não perderemos as oportunidades oferecidas para demonstrar, sempre, a maior dedicação e a melhor eficiência em terra e a bordo.

 

 

 

texto Roberto Muylaert

Uma edição com jeito de festa

São poucas as publicações que têm oportunidade de fazer uma festa de 20º aniversário, como Ícaro Brasil, nesta edição. Para nós, responsáveis pela revista, a maior alegria é proporcionar uma festa de leitura a cada número, uma vez que quem viaja está aberto às novidades, e tem a sensibilidade aguçada para coisas bonitas e diferentes que podem surgir pelo caminho. Isso acontece nas viagens de lazer, onde o passageiro está de prontidão para ver, usufruir e comprar. Mas também nas de negócios, que são viagens um pouco mais sisudas, mas que têm espaço para as obrigações da pessoa jurídica e a fruição da pessoa física. Neste número, em que O Bom do Brasil chega à sua sexta edição, procuramos mostrar de novo o que o Brasil tem de bom, de forma original e delicada. São pessoas e entidades que foram escolhidas pela redação, nossos colaboradores, mais os leitores da revista, cuja visão de Brasil é ponto alto da nossa pauta. Mas, afinal, o que a Petrobras, o Estado de Santa Catarina, a televisão brasileira, a agricultura, Ruth Rocha e a jabuticaba, entre dez escolhidos, têm em comum? A resposta é fácil: são, todos, legítimos Bom do Brasil 2003. Existe uma outra empresa que também foi escolhida como Bom do Brasil, por tudo que fez, segue fazendo e ainda fará pelo Brasil: a VARIG. É a nossa 11a escolha, hors-concours pelo fato de ser co-anfitriã da festa, com a RMC Editora. Numa conjuntura desfavorável para a aviação comercial no mundo, a VARIG tem enfrentado a presente situação com coragem, determinação e profissionalismo, conquistando, nos últimos meses, índices de destaque na ocupação de assentos, geração de caixa, e redução de passivos. A operação conjunta com a TAM resultou em vantagens mensuráveis para as duas companhias, o que demonstra que a melhoria das condições da aviação comercial brasileira, como um todo, está à vista. Ícaro Brasil, ao homenagear a VARIG nesta edição que virou festa, reconhece e ratifica o carinho e a preferência de seus passageiros-leitores, para quem a empresa aérea de bandeira brasileira se confunde, às vezes, com a própria história moderna do país.

 

Um conforto extra ao viajante

Pessoalmente, sempre gostei de viajar de avião. É gratificante entrar num jato intercontinental, naquele momento mágico em que todo mundo a bordo se prepara para um longo vôo ao exterior, num aparelho que condensa, e resume, os avanços alcançados e acumulados pela tecnologia, ao longo dos tempos. E quando, durante o vôo, coloco os fones de ouvido e desfruto de uma sinfonia de Beethoven, evoco o espírito humanista, também presente no avião, reunindo o que a humanidade criou de melhor em valor espiritual, pronto para ser desfrutado pelo viajante atento. Nesta época de fim de ano, os vôos costumam ser propícios a esse tipo de considerações. É verdade que muita gente ainda viaja a negócio, procurando, na azáfama do último mês do calendário, cumprir as metas profissionais estabelecidas para o período. Mas a maioria das pessoas já pensa nas férias, no reencontro com entes queridos que moram longe, no legítimo espírito natalino, que une a todos na celebração do nascimento de Cristo. E no sol das praias do Brasil, servidas pela VARIG, assim como no friozinho gostoso, para não falar das neves ofuscantes, que a empresa aérea de bandeira brasileira oferece em suas rotas para o exterior. Embasando esses legítimos devaneios, que cedo se transformam em roteiros turísticos-sentimentais, está uma faceta da nossa empresa aérea, que, ao ser lembrada, dá sempre um conforto extra ao viajante: a qualidade da manutenção das aeronaves, cujos expressivos números e detalhes estão numa reportagem especial deste número, dos editores Carlos Moraes e Iara Venanzi, destacando um trabalho de alta precisão, preconizado desde o primeiro dia, pelo fundador da companhia, Otto Ernst Meyer, e por Rubem Berta, o primeiro funcionário da empresa. O que nos leva a desejar a você um Natal e um Ano-Novo repleto de tecnologia e humanismo, nas proporções ideais aos seus anseios e realizações.

 

Editor de Aviação Ernesto Klotzel Ilustração Clayton

Voando no gelo

Se você pertence à categoria dos passageiros comprometidos não só com a obrigação mas também com o prazer de voar, é possível que já tenha tentado analisar o brutal contraste entre o confortável clima de sua cabine e a massa de ar gelado dentro da qual seu avião avança. A comparação é chocante. De 2.000 a 2.500 metros de altitude a temperatura mantida pelo sistema de pressurização a bordo é ainda de menos 24 graus centígrados. Já nas altitudes de cruzeiro, entre 9.000 a 12.000 metros, o frio lá fora, a poucos milímetros da sua janela, é de até 57 graus centígrados negativos. Essa redução drástica da temperatura durante a operação de subida e principalmente em vôo de cruzeiro ainda surpreende muitos passageiros. Em seus termos mais simples, enquanto o avião sobe, a temperatura vai baixando cerca de 2 graus centígrados a cada 150 metros. É perfeitamente válido arredondá-la para 1 grau centígrado negativo a cada 100 metros. Essa redução de temperatura tem uma altitude-limite. Sobre o Equador ela não baixa mais depois dos 15.000 metros; já sobre os Pólos Norte e Sul é acima dos 7.500 metros que ela vai ficar igual. Sempre falando em valores médios, o limite em todos os casos fica em torno de 57 graus centígrados negativos, uma característica chamada de tropopausa. Embora de nome complicado, ela é simplesmente uma região imaginária entre a camada mais baixa da atmosfera conhecida por troposfera, com suas nuvens, ventos, chuvas e nevoeiros, e a estratosfera que se perde nas alturas. Conclusão: a temperatura em que você vai voar, freqüentemente anunciada nas boas-vindas a bordo, pode mudar de uma forma louca e veloz, mas sempre previsível, disciplinada e inofensiva em relação a sua confortável e bem pressurizada cabine.

 

texto e foto werner rudhart

UM DIA PLENO EM BELO HORIZONTE

105 anos jovem, Beagá é moderna de nascença. Quando foi escolhida para tornar-se a nova capital do Estado de Minas Gerais, era nada mais do que um pequeno povoado chamado Curral-del-Rei. Quatro anos mais tarde, já estava inaugurada Belo Horizonte. Destronou a histórica Ouro Preto, símbolo do velho regime monárquico, e marcou os novos ventos do Brasil- República: nasceu planejada, estruturada, funcional. Cresceu com a ajuda de um povo cordial, que impregnou o cenário moderno com seu espírito tradicional. É a Belo Horizonte de hoje, uma metrópole cosmopolita e dinâmica, que mantém a velha hospitalidade do interior.7h30 Pelas janelas do Hotel Liberty Palace 1, os topos iluminados da Serra do Curral, verdadeiras sentinelas da cidade, anunciam seu dia de andanças e descobertas em Belo Horizonte. A região da Savassi, sofisticado ponto de comércio, bares e restaurantes, acorda sonolenta depois da noitada anterior. Descendo a Avenida Cristóvão Colombo, em pouco tempo você chega à Praça da Liberdade 2, um dos principais palcos da vida urbana na capital mineira. 8h30 Ali, em meio de jardins de inspiração barroca, os belo-horizontinos já engataram suas atividades matutinas, como ler jornal sentado num dos bancos ou fazer cooper por uma alameda de palmeiras imperiais. Ao redor, o sol de manhã realça os detalhes de um cenário adorável, síntese de todos os estilos arquitetônicos que marcaram a cidade centenária. Prédios históricos, como o neoclássico Palácio da Liberdade, sede do Governo do Estado, e as imponentes secretarias em estilo eclético relembram a época da fundação. O art déco, da década de 40, é representado pelo Palácio Cristo-Rei, e o contraponto fica com as curvas modernas do Edifício Niemeyer. Ao mesmo tempo, coisa bem mineira, um coreto deixa tudo com ar de cidadezinha do interior. 9h00 Num dos cantos da praça, um prédio pós-moderno parece meio estranho no ninho. O revestimento em chapas de aço rendeu-lhe o apelido “Rainha da Sucata”. No seu interior, porém, o Museu de Mineralogia 3 guarda um tesouro brilhante. São amostras dos principais minerais extraídos da Terra, entre elas um dos maiores quartzos do mundo e uma gipsita com idade estimada em 14 milhões de anos. 9h30 Em direção ao centro, a Rua Bahia prossegue com a mistura contrastante de prédios antigos p fe edifícios modernos, tão característica para a cidade. Quase no finalzinho, ao se deparar com uma construção neogótica, não se deixe enganar como todos esses que passam aqui se persignando: não é igreja e nunca foi. O prédio público em estilo “manuelino” português, com rica decoração externa, sedia atualmente o Centro de Cultura BH.

 

BOAS-NOVAS PARA

O Aeroporto de Congonhas surgiu nos anos 30, numa localização remota para a época, à beira de uma estrada, na direção de Santos. Até então, o terminal da capital ficava no antigo Campo de Marte, às margens do Tietê. O novo aeroporto serviu à cidade em grande estilo, crescendo com ela. Virou ponto de encontro, com baile de Carnaval e terraço para observação de aviões. Como terminal internacional, marcou a vida da cidade, operando todo tipo de aeronave

 

texto e fotos werner rudhart

Cataratas do Iguaçu

Maior conjunto de quedas-d’água do mundo, as Cataratas do Iguaçu são mais largas do que as quedas de Victoria, mais altas que Niágara e mais bonitas que ambas. São, com toda certeza, uma jóia das mais brilhantes que a natureza colocou no berço esplêndido do Brasil. Tanto que, com um bom pedaço da Mata Atlântica que as abriga, são preservadas num dos primeiros parques nacionais que se criaram no país, em 1939. O Parque Nacional Cataratas do Iguaçu continua fiel à sua tradição pioneira. Um dos pontos de maior visitação de turistas do Brasil, é o primeiro parque onde o Ibama concessionou todos os serviços à iniciativa privada. Dessa forma conseguiu atrair investimentos invejáveis e montar uma infra-estrutura sem igual nos outros parques do país. Um convite para que os visitantes, em vez de demorar poucas horas no parque, agora já possam usufruir dias plenos.

 7h00 Mesmo de férias, há vários bons motivos para você acordar tão cedo. Primeiro, porque continuar dormindo com a algazarra matinal dos guaxes nas árvores é quase impossível. Depois, nessa hora as disputadíssimas mesas na varanda do hotel ainda estão à sua espera. Tomar café no ar fresquinho, observando os vôos baixos dos tucanos e as piruetas das andorinhas em meio à névoa das cachoeiras, é só um dos muitos privilégios que o Hotel Tropical das Cataratas 1 oferece. Único hotel dentro do Parque Nacional do Iguaçu, sua vizinhança direta com uma das maiores maravilhas naturais do mundo é o que mais salta aos olhos. Delicada, a arquitetura neocolonial, com paredes rosa-pastel e escadas de madeira, faz de cada andança pelos amplos corredores e jardins tropicais também um grande prazer. Construído há 50 anos, repleto de vastos salões para funcionar como cassino, foi reformado várias vezes e, em 1986, declarado Patrimônio da Humanidade com o Parque Nacional que o circunda. É um hotel tão singular que as janelas dos seus 201 apartamentos são equipadas com cunhas de madeira para evitar a vibração das cataratas.

8h00 A essa altura você já deve estar completamente contagiado pelo tremor subliminar das cataratas, ansioso por se aproximar do seu epicentro. Aproveite que a onda de turistas vindo da cidade de Foz do Iguaçu ainda não conseguiu chegar até aqui. Entre na Trilha das Cataratas 2, que começa logo em frente do hotel, e deixe-se envolver por um dos mais impressionantes espetáculos da terra. O caminho, de 1,2 quilômetro de extensão, pavimentado e com escadas, galga à beira de um cânion profundo. Os vários pontos de parada parecem camarotes com vista para o grande anfiteatro do mergulho de quedas enfileiradas. Mais abaixo, uma passarela engradada sobre pilares de pedra leva diretamente, através de uma úmida e agitada névoa, até a Garganta do Diabo. Ali, para onde convergem dois braços d’água em queda livre de mais de 80 metros, emolduradas por um arco-íris resplandescente, dá para sentir o que talvez quisessem expressar os índios caingangues quando, meio lacônicos, chamavam o lugar de iguaçu, “água grande”. Se, ao sair desse turbilhão, você se sente meio zonzo, talvez já possa fazer uso dos novos elevadores panorâmicos para sair do cânion. Inaugurados no dia 20 de dezembro, serão mais uma perspectiva do show aquático das cataratas. p

10h30 Se você é daqueles que não conseguem ficar só olhando, então é hora de agendar seu batismo pelas águas do rio, num rafting pelas corredeiras, para mais tarde no dia. Pertinho do hotel, na sua sede escondida no mato, a Canyon Iguaçu oferece um leque de esportes radicais. A empresa, que acaba de iniciar suas atividades de turismo de aventura, é o resultado mais recente da inovadora política de gerenciamento do Parque Nacional do Iguaçu. Desde 2000 o Ibama liberou várias áreas à iniciativa privada para o aproveitamento econômico. Como tira-gosto, experimente brincar um pouco no Campo de Desafios 3, que ali montaram, testando seu equilíbrio num rapel com as cataratas como fundo, na escalada de um muro artificial ou no percurso de arborismo.

12h00 Agora, para continuar equilibrado, você precisa de outros recursos. Siga para o Porto Canoas 4, no ponto final da Trilha das Cataratas. É outro exemplo bem-vindo da eficiência dos serviços no parque. Onde anos atrás uns quiosques ofereciam pouco além das latinhas e batatinhas de sempre, uma ampla área de convivência convida com lanches, confeitaria e restaurante. Seu almoço com saborosas comidas típicas é temperado com vista para o rio, que aquip fcorre tranqüilo como quem não quer nada, traído só por um ruído insistente e um vapor fumegante.

13h30 O Porto Canoas também é o ponto de retorno dos coloridos ônibus panorâmicos que circulam pelo parque. Escolha um lugar na parte superior aberta, por causa do vento fresquinho durante o trajeto. No ponto final, logo atrás do moderno Centro de Visitantes, a Helisul opera seu sobrevôo das cataratas 5. Não é uma brincadeira das mais baratas, claro, mas vale a pena por permitir a vista estonteante das 272 quedas-d’água, formando um gigantesco semicírculo com 2.700 metros de extensão. Emocionado com esse cenário, o nosso Santos Dumont tornou-se um dos primeiros idealizadores da criação do Parque Nacional do Iguaçu.

14h00 Logo em frente ao heliporto fica outro QG de “profissionais” dos ares. No Parque das Aves 6 as trilhas passam por viveiros, onde é possível observar mais de 800 pássaros brasileiros e de outros continentes, além de jacarés, cobras, sagüis e borboletas.

15h00 Na volta ao hotel, desça do ônibus na parada do Macuco Safari. Um veículo elétrico faz o translado até perto do rio, onde flutua o cais de embarque para o passeio de barco 7, aventura mais famosa oferecida no parque. Munidos de coletes salva-vidas e sacos plásticos pensados para proteger as câmeras os turistas sobem o rio em barcos bimotores, enfrentando as corredeiras até chegar no inferno da Garganta do Diabo: uma experiência de tirar o fôlego. Batizado dessa forma emocionante, você está preparado para tudo – no caso – para a descida de rafting, previamente agendada. Numa plataforma flutuante, você e outros audaciosos embarcam com o instrutor para desafiar as corredeiras com remos e capacetes. Boa sorte!

17h00 Depois de tantas águas agitadas, nada melhor do que a calmaria na generosa piscina do hotel. Ao cair da noite, você ainda pode observar o lusco-fusco enfeitiçando as águas que caem e as brumas que sobem.

20h00 No jantar do Restaurante Itaipu o cardápio é variado. E no Ipê Grill à beira da piscina o espera um rico bufê, com carnes e peixes da região, ao som de músicas regionais e do incessante fragor das Cataratas.

 

texto Carlos Moraes fotos Iara Venanzi

Manutenção classe A

Ás duas da tarde de um domingo, 26 de junho, um MD-11 da Thai Airways International adentra o imenso hangar da VEM, junto ao Aeroporto do Galeão, no Rio. Ele vai ser submetido a um D-Check, o mais completo de todos. Envolve revisão geral, peça por peça, pintura, incorporação de novas tecnologias e, no caso, a substituição de toda a manta termoacústica entre a fuselagem e o interior. Naquele domingo mesmo o avião começa a ser desmontado. Nos dias seguintes, peças importantes como computadores de bordo,p ftrem de pouso e centenas de componentes vão para o centro de manutenção da VEM de Porto Alegre. A empresa tem 30 dias para entregar o avião novo e as multas por atraso são pesadas.

Em 26 dias o MD-11 da Thai Airways está sendo entregue, zerado para mais dez anos com revisões apenas de rotina, um recorde. Logo o mesmo trabalho será feito em outro MD-11 da Thai. O que faz uma companhia asiática voar 18 mil quilômetros para confiar sua aeronave a uma empresa brasileira? Preço e prazo contam, mas o decisivo é mesmo a reputação. Uma reputação, lembra Evandro Braga de Oliveira, diretor-presidente da VEM, conquistada em décadas e décadas de investimentos por parte da VARIG em tecnologia e mão-de-obra especializada. Acrescenta sem medo de errar que o Brasil conta hoje com o maior e mais completo parque de manutenção do Hemisfério Sul. No mundo está entre os dez maiores e entre os cinco primeiros no que diz respeito a horas-homens por ano, mais de 4 milhões, e em tamanho de instalações. No Rio, a empresa possui 250 mil metros quadrados de edificações especializadas, o que inclui o maior hangar da América Latina, de 11 mil metros quadrados; em Porto Alegre, são 180 mil metros quadrados, cinco hangares e diversas oficinas especializadas. A VEM tem capacidade para realizar simultaneamente revisões gerais em oito aeronaves em Porto Alegre e quatro no Rio de Janeiro e nos últimos anos tem operado a plena capacidade. Mas o que mantém alto o otimismo de Evandro Oliveira, engenheiro aeronáutico formado pelo ITA com MBA na França, é principalmente a qualificação técnica da VEM. Bem antes do modismo dos ISOs 9000, a indústria aeronáutica já prezava o absoluto rigor de processos nos cuidados com máquinas que simplesmente não podem falhar. Da seriedade desses processos é que depende este elemento decisivo em manutenção de aviões que é a árdua conquista da homologação junto às autoridades aeronáuticas de cada país. E aqui mais boas notícias.

 

 

Salas VIP.

Para você que é cliente das nossas salas VIP, temos o prazer de oferecer um remodelado serviço na nossa sala de Curitiba. Desde agosto já contamos com maior disponibilidade de assentos na sala, proporcionando um pré-embarque com maior conforto e comodidade. No balcão self-service, temos durante todo o dia café expresso e chocolate; no horário da manhã, frutas, bolos e pães de queijo. À tarde, temos duas opções de sanduíches e doces. E à noite, além disso, contamos com a opção de sopa e trufas de chocolate. Venha degustar o nosso novo serviço!

VARIG Flight Training Center.

A VARIG, por intermédio da VARIG Flight Training Center, fornece aos seus pilotos e ao de outras companhias aéreas o treinamento para operação do sistema de Traffic Alert and Collision Avoidance System (TCAS). Esse sistema é independente dos sistemas de controle de tráfego aéreo no solo e está apto a fornecer as informações necessárias ao piloto para que sejam efetuadas manobras evasivas, evitando assim, a colisão com outra aeronave. Desde 1993 a VARIG possui esse sistema a bordo de suas aeronaves, que aumenta a segurança de vôo para os seus passageiros. Mais informações: flight.training@ varig.com ou tel. (55/21) 2468-1391.

Novo parceiro Star Alliance™.

A Lot Polish Airlines, que representa a bandeira polonesa por mais de 70 anos, passou a integrar a rede Star Alliance™ em outubro. Com isso, aumenta a freqüência de vôos, pois a Lot Polish voa para 58 destinos, particularmente para os mercados emergentes da Europa Central e Oriental. Com a Star Alliance™, você pode voar para 700 destinos, em 128 países. Se já é membro da rede Star Alliance™, poderá adquirir benefícios exclusivos ao voar com a Lot Polish Airlines, ou com outra das 14 companhias aéreas da rede.

 

Novos vôos para Buenos Aires.

Desde o dia 1º de novembro, a VARIG passou a oferecer nos fins de semana mais duas opções de vôo NON STOP para a Argentina: um deles partindo de Florianópolis no moderno equipamento MD11 e outro partindo de Salvador com equipamento 737-300. É mais uma novidade na ponte aérea Brasil Argentina para facilitar a sua viagem.

 

Cinema brasileiro na tela da VARIG TV.

A alta qualidade das últimas produções do cinema nacional estimulou a VARIG a adquirir os direitos de exibição de seis grandes filmes para as rotas internacionais: O Caminho das Nuvens, O Homem que Copiava, Paulinho da Viola, Narradores de Javé, Abril Despedaçado e Auto da Compadecida. Outros títulos de conteúdo não adequado para a tela principal estão sendo prospectados para o Personal Vídeo das Classes primeira e executiva. O festival ganhou o nome de CineBrasil e teve a logomarca desenvolvida pela designer gráfica Juliana Bernabo. Os filmes serão sempre exibidos em português e inglês.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PÁGINA INICIAL

História
Anos 20, 30 e 40
Anos 50
Anos 60
Anos 70
Anos 80
Anos 90
Anos 2000

 

Aeronaves
Dornier Wal "Atlântico"
Dornier Merkur "Gaúcho"
Klemm L-25
Junkers A-50
Junkers F-13
Messerschmitt 108 "Taiffun"
Messerschmitt M20
Junkers JU52
Fiat G2
De Havilland DH89A
Lockheed Electra I
Nordwyn UC641
Douglas DC-3
Curtiss C-46

Convair 240
Lockheed Super G Constellation
Caravelle 1
Boeing 707-441
Douglas DC-6
Lockheed Electra II
Convair 990A
Douglas DC-8-33
Boeing 707-320
HS-748 "Avro"
Boeing 727-100
Boeing 737-200
Douglas DC-10-30
Airbus A300B4
Boeing 747-200
Boeing 747-300
Boeing 767-200ER
Boeing 737-300
Boeing 767-300ER
MD-11
Boeing 747-400
Boeing 737-700
Boeing 737-800
Boeing 777-200ER
Boeing 757-200

Rotas

 

Website
1996
2000
2002
2004
2005

 

Grupo Varig
Fundação Ruben Berta
FRB-PAR
VPSC
Ícaro Brasil
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