Português
English
Español
 

ÍCARO BRASIL Nº 190 - Junho de 2000

 Welcome

A Provocando inovações

Numa das minhas primeiras viagens como presidente da VARIG, fiz questão de me submeter, como todo mundo, a todas as fases de um processo de embarque. Nada como sentir de perto aquilo que se deseja melhorar. À minha frente, na fila do check-in, um passageiro exibia um respeitável maço de passagens. Era, visivelmente, um frequent flier da empresa. Um informante precioso sobre o lado bom e o lado penoso de uma viagem. Depois, conversando com ele a bordo, percebi que esse cliente nosso já estava de certa forma conformado com aquilo que torna uma viagem mais cansativa que prazerosa.

Penso que não devemos nos conformar com tanta facilidade. A aviação tem feito progressos e ainda pode crescer muito no sentido de fazer de cada viagem de avião um passeio agradável. Hoje, infelizmente, ainda há demasiada contradição entre a velocidade que se tem no céu e a lentidão dos serviços em terra. No ar, somos foguetes; no chão, tartarugas.

A VARIG tem feito progressos imensos nesse processo de agilização. Só para citar um exemplo: através do seu premiado site já é possível reservar, comprar e receber a passagem em casa. Espero que, breve, nem o bilhete seja necessário e o passageiro possa embarcar, por assim dizer, eletronicamente, de uma forma mais simples e direta. A passagem virtual é apenas uma das inovações sonhadas. Fico feliz por ela e pelas que virão. Mais do que um alguém cheio de idéias prontas na bagagem, o papel em que me sinto à vontade é o de provocador e coordenador das inovações necessárias.

Vejo o século XXI, que para mim já começou, como um grande campeonato de inovações. Quem inovar mais, com mais coragem e precisão, será o vencedor. A VARIG já está nesta rota e, com todas as luzes trazidas por seus colaboradores e seus milhares de passageiros, vai voar mais longe ainda.

Ozires Silva
Presidente da VARIG

 

 Entenda seu vôo

Janelas pequenas

Apreciar a paisagem através de espaçosas janelas só é possível hoje em aeronaves leves de turismo, cujas cabines não são pressurizadas. Nos jatos comerciais, um lugar na janela ainda é muito requisitado pelos passageiros, mas os viajantes freqüentes sabem que têm de se conformar com um cenário total ou parcialmente ocupado pela asa ou, no melhor dos casos, com uma visão parcial e fugaz das regiões sobrevoadas. O tamanho das janelas dos aviões de passageiros, que pode ser considerado pequeno, é ditado pelas grandes altitudes de cruzeiro possíveis com as modernas cabines pressurizadas, que mantêm uma pressão atmosférica aceitável, a despeito da rarefação do ar do lado de fora. A força exercida sobre a área total de uma janela pode variar de uns 350 quilos em um Airbus moderno até mais de meia tonelada no caso dos jatos fabricados pela Boeing, com janelas até 40% maiores.

A abertura no metal para dar lugar à janela exige reforço especial para resistir à pressão, proporcional à sua área. Peso menor, estrutura mais simples e redução da mão-de-obra também foram fatores decisivos para determinar a área das janelas. A pergunta óbvia é: como aquilo que parece um frágil painel de plástico, deformável com a pressão do polegar, pode resistir a forças de centenas de quilos? É que o painel com que os passageiros têm contato só serve para proteger um outro, também de plástico mas muito mais espesso e resistente, que realmente suporta esforços de centenas de quilos provocados pela pressurização. E, para qualquer eventualidade, ainda existe outro painel idêntico, que tem contato com o ar exterior. O ar do sistema de pressurização circula entre os painéis para evitar o embaçamento - mesmo que não dê para enxergar muita coisa lá de cima.

 

Propulsão a ventiladores

O motor a jato, que nasceu durante a Segunda Guerra Mundial, simultaneamente na Grã-Bretanha e na Alemanha, provocou a maior revolução já ocorrida na aviação comercial. Como qualquer produto de alta tecnologia, tem passado por transformações notáveis em termos de configuração, vida útil e eficiência. Um motor a jato moderno é incrivelmente potente com relação ao peso e já superou uma das deficiências próprias de seu princípio de funcionamento: o consumo elevado de combustível. Prova disso é a substituição crescente de turboélices por jatos na aviação regional, uma tendência mundial evidenciada entre nós pelo Embraer ERJ-145 Jet Class.

O grande salto tecnológico na evolução dos motores a jato foi o "ventilador" (em inglês, fan) montado à frente do complexo conjunto propulsor conhecido como turbofan. O fan é o componente de maior diâmetro de qualquer motor a jato, facilmente identificável na abertura dianteira do casulo metálico que o abriga. Suas 35 a 40 pás são responsáveis pela maior parte do empuxo do propulsor, chegando a 75% na decolagem. À medida que cresce a velocidade da aeronave essa porcentagem vai diminuindo. O fan sopra até 80% do ar frio que entra no alojamento do motor, mas esse ar não passa pelas câmaras de combustão e sim em volta do núcleo do motor. O resto fica por conta da unidade propulsora enquanto jato puro. Dois conjuntos compressores com centenas de lâminas comprimem o ar que, misturado e queimado nas câmaras de combustão, produz gases a mais de 2000oC. O jato tem de fazer milagres com o pouco ar que lhe cabe: dos 20% que não são "roubados" pelo grande ventilador apenas um terço é queimado; o restante flui em torno das partes quase incandescentes para resfriá-las.

Ernesto Klotzel
Editor de Aviaçã
o

 

 Mundo VARIG

VARIG voa para Munique
Desde este mês, a VARIG está voando para um novo destino internacional: Munique. Agora os passageiros podem contar com vôos para Munique três vezes por semana, saindo do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, ou do Aeroporto International Antônio Carlos Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro. Por meio dessa rota, a VARIG oferece novas opções de vôos para a Alemanha e também mais facilidades de conexões para a Europa, que vão até o sul da Alemanha, da Áustria e da Suíça, e algumas regiões próximas. Os vôos são feitos por Boeing 767-300 e dispõem de Primeira Classe, Classe Executiva e Econômica.

VARIG ganha prêmios iBest e Marketing Best
A VARIG foi a vencedora, recentemente, do iBest, considerado uma espécie de Oscar da Internet no Brasil, pelo seu site, acessado mais de 400 mil vezes por mês. Ao todo foram quatro troféus nas categorias meios de transporte e de turismo, concedidos por um júri popular e outro especializado. A VARIG também recebeu o prêmio Marketing Best, conferido às melhores marcas do século 20. Mais um testemunho de seu empenho em atender sempre bem o cliente.

 

 Rio Sul

Refletindo no azul

Os jornais e revistas têm dedicado muito espaço ao momento que vive a aviação comercial brasileira e as notícias, infelizmente, não são positivas.

Por isso, é com muita satisfação e certa ponta de orgulho que, graças à dedicação dos colaboradores e à confiança dos clientes, vejo a Rio Sul em plena ascensão, voando no azul e cada vez mais convicta de sua filosofia de trabalho.

Fechamos o primeiro trimestre deste ano com resultados operacionais e de balanço claramente positivos. O aproveitamento das nossas aeronaves durante o meses de abril e maio atingiu cerca de 62%, bem acima do ponto de equilíbrio. Outra boa notícia é que vamos antecipar a vinda de novas aeronaves. Esperamos continuar crescendo com rentabilidade, potencializando nossas virtudes e sensíveis, como sempre, às necessidades e expectativas do cliente.

Mesmo felizes em ver a empresa lucrativa, bem sabemos que o lucro não é tudo. Ele é apenas uma premissa para aquela capacidade de reinvestimento sem o qual uma empresa não sobrevive. A Rio Sul acredita também que uma visão meramente econômica dos negócios pode conduzir a empresa ao gigantismo, distanciando-a de outros pressupostos para nós essenciais, como a relação de confiança com o cliente e o justo reconhecimento dos nossos colaboradores.

Percy Rodrigues
Presidente da Rio Sul Linhas Aérea

 

Na medida para quem viaja a negócios
Uma campanha publicit·ria mostra a Rio Sul como a empresa que tem os vÙos e hor·rios mais compatÌveis com as agendas mais ocupadas

A capa do encarte diz que os negócios são muitos, o Brasil é grande e o dia é curto. E pergunta: quer uma idéia para resolver isso?

Uma luzinha se acende.

Abre-se o encarte e, ao longo de um mapa do Brasil estilizado, outras luzinhas se acendem - em Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Porto Alegre e Rio de Janeiro. O texto sugere a mensagem, breve e, literalmente, brilhante: no veloz mundo dos negócios, a Rio Sul tem o vôo certo na hora certa. E isso num país do tamanho do Brasil, pontilhado por outras luzinhas distantes, todas elas cobertas pela Rio Sul: Londrina, no Paraná, Uruguaiana, na fronteira com a Argentina, Uberaba, no Triângulo Mineiro...

Encartado na revista Exame, a peça é o ponto forte da campanha que a Rio Sul está lançando para mostrar tudo o que faz para facilitar a vida dos seus milhares de passageiros que viajam a negócios pelo Brasil todo. Outra peça importante da campanha é o filme que acompanha as atividades de um executivo por três capitais brasileiras - num só dia.

Para o gerente geral de marketing Marcello Carvalho, o objetivo da campanha é evidenciar a Rio Sul como a empresa que mais valoriza e melhor atende às necessidades e às expectativas de quem viaja a negócios. Para conquistar isso, a empresa montou uma vasta malha de rotas envolvendo os mais importantes pólos econômicos do país, e diariamente coordena 351 operações de pousos e decolagens por cidades das mais diferentes regiões. São 300 mil passageiros por mês, mas não é difícil montar a viagem que cada um deles considera ideal: voar de sua cidade para a capital do seu Estado ou para um ou mais grandes centros do país, tocar seus negócios e voltar para casa à noite. Tudo isso, claro, nos melhores horários, com tarifas adequadas.

Para responder a tantas expectativas, a Rio Sul conta, nos bastidores, com um suporte humano e tecnológico de comprovada competência. A Gerência de Planejamento de Vôos, por exemplo, precisa levar em conta os mais variados fatores e, principalmente, acumular uma larga vivência das reais condições aeroportuárias e meteorológicas de todo o país, região por região, cidade por cidade, aeroporto por aeroporto. Mesmo a abertura de uma nova rota exige uma minuciosa pesquisa sobre as condições econômicas e o estilo dos empresários daquela região.

Outro apoio decisivo vem do Centro de Coordenação de Vôos que diariamente acompanha centenas de operações em todo o país. Uma tarefa complexa, que foi tremendamente facilitada pelo Bridge, um sistema de informatização para coordenação de vôos desenvolvido pela própria Rio Sul. Através dele, é possível visualizar numa tela de computador o que se passa com cada vôo em tempo real e, diante de qualquer problema, tomar as decisões que melhor preservem a agenda do passageiro. Essas áreas de Planejamento e Coordenação podem não ser tão imediatamente percebidas pelo passageiro, mas se revelam fundamentais para a concretização do vôo certo na hora certa.

A campanha ressalta que, para completar a extensão e logística de sua malha, a Rio Sul conta ainda com sua larga experiência em operar aeroportos centrais, o que vem agilizar sensivelmente tanto as chegadas quanto as partidas nas grandes cidades. Outros fatores tornam mais agradáveis e eficientes as viagens pela Rio Sul, como um check in ágil, o programa de milhagem Smiles e uma frota moderna que inclui o Boeing 737-500 e os elegantes Jet Class, o avião brasileiro no qual a Rio Sul foi a primeira empresa aérea a apostar e que tem se revelado um sucesso mundial.

A bordo, além de muita motivação e simpatia, o passageiro é brindado com refeições cuidadosamente adaptadas ao espírito de cada horário.

Em geral, campanhas publicitárias são feitas para anunciar inovações que estão por vir. Nesse sentido, essa campanha da Rio Sul tem mais uma originalidade: ela vem apenas celebrar uma prática vitoriosa no transporte de pessoas de negócios pelos mais nevrálgicos centros econômicos do país. A empresa aparelhou-se para isso. Rotas, horários, aviões, embarque, desembarque e refeições a bordo, tudo foi pensado para satisfazer gente ocupada, para quem o tempo também voa. Esta é, portanto, a meta: voar no mesmo pique de pessoas que têm muito o que fazer. Sentir atentamente suas necessidades - e chegar junto. É o que esta campanha deixa claro, com muita leveza e objetividade tanto no filme como nos anúncios para a mídia impressa.

Formado pela FAB, piloto da Rio Sul desde 1987, o comandante Carlos Germano, autor deste artigo, é gerente de Segurança de Vôo da Rio Sul e Nordeste. Ele coordena também a publicação de uma revista sobre segurança de vôo, Painel, editada pela Gerência de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da Rio Sul. Endereço: Rua Augusto Severo, 851 - Hangar 3, Bairro São João, Porto Alegre-RS. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PÁGINA INICIAL

História
Anos 20, 30 e 40
Anos 50
Anos 60
Anos 70
Anos 80
Anos 90
Anos 2000

 

Aeronaves
Dornier Wal "Atlântico"
Dornier Merkur "Gaúcho"
Klemm L-25
Junkers A-50
Junkers F-13
Messerschmitt 108 "Taiffun"
Messerschmitt M20
Junkers JU52
Fiat G2
De Havilland DH89A
Lockheed Electra I
Nordwyn UC641
Douglas DC-3
Curtiss C-46

Convair 240
Lockheed Super G Constellation
Caravelle 1
Boeing 707-441
Douglas DC-6
Lockheed Electra II
Convair 990A
Douglas DC-8-33
Boeing 707-320
HS-748 "Avro"
Boeing 727-100
Boeing 737-200
Douglas DC-10-30
Airbus A300B4
Boeing 747-200
Boeing 747-300
Boeing 767-200ER
Boeing 737-300
Boeing 767-300ER
MD-11
Boeing 747-400
Boeing 737-700
Boeing 737-800
Boeing 777-200ER
Boeing 757-200

Rotas

 

Website
1996
2000
2002
2004
2005

 

Grupo Varig
Fundação Ruben Berta
FRB-PAR
VPSC
Ícaro Brasil
Rio Sul e Nordeste
Varig Cargo e Varig Log
Varig VEM

 

Marketing
1927-1969
Anos 70 e 80
Anos 90 e 2000

 

Design

 

Coleções
A bordo
Cartão Postal, Imagens e outros
Imagens das aeronaves
Logotipos & Passagens
Time Table

 

VARIG BRASIL